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Resolver ou Remediar?

A medicina ocidental e a farmacologia moderna prestaram um enorme serviço à humanidade gerando longevidade e qualidade de vida. No entanto, trouxeram junto em seu bojo não apenas a ideia, mas o desejo de que tudo nesta vida possa ser remediado e não necessariamente resolvido.

Me explico.

Uma pessoa que descobre ser portadora de diabetes e passa a ter acesso a toda uma gama de alternativas farmacológicas de controle e remediação de sua deficiência metabólica, pretende que sua vida não mude, porque o remédio haverá de fazer por ela todo o esforço. Então se quer comer um doce, calibra a dose de insulina para isto, sendo que isto é absolutamente temerário e produz como resultado não apenas o aumento de gordura corporal, mas um contínuo desequilíbrio no fino ajuste fisiológico, reforçando a linha de dano sobre um sistema já fragilizado, no caso em destaque, principalmente, do Baço-Pâncreas/Estômago, mas comprometendo também a energia do Coração e Rins.

E isto vai além das linhas de atuação médica.

Se há um problema num relacionamento conjugal, para que passar horas debatendo sobre isto, ceder e conciliar, se é tão simples ir até um cartório e assinar um divórcio consensual? Para que sentar com o filho que vai mal na escola, se é mais simples pagar um professor de reforço escolar ou mandar para a terapia? Para que fazer ginástica se existe uma cinta modeladora e um creme emagrecedor? E por aí vai.

Nos tornamos pragmáticos em demasia, focando no resultado desejado, no tempo que se pretende economizar e, claro, no mínimo esforço possível.

Diante de um problema, as pessoas querem se livrar dele, não necessariamente resolvê-lo. O que são duas condições que podem ser completamente diferentes em seus propósitos e em seus resultados.

Problemas existem para nos ajudar a refletir sobre a vida, sobre nossos valores, nosso lugar neste universo, rever algumas posturas e evoluir enquanto ser humano.

Quando simplesmente tiramos um problema da frente sem resolvê-lo de fato dentro de nós, produzindo as mudanças necessárias, estamos apenas evitando o desconforto.

Mas qual é o problema em se vivenciar uma situação desconfortável?

Nos tornamos tão suscetíveis ao desconforto que nos recusamos a sair da propalada e temida zona de conforto. Aí nada muda. Continuamos sendo sempre a mesma pessoa, do mesmo jeito, com as mesmas dificuldades que nos recusamos a trabalhar no confronto com as dificuldades que a vida nos traz na forma de oportunidades.

Vida é atividade, é mudança constante, é crescimento, é evolução.

Na medicina chinesa, diante de um desequilíbrio energético qualquer, seja na presença ou não de um sintoma desagradável, a postura é sempre promover o fluxo da energia.

Busque sim seu ponto de equilíbrio, mas entenda que este equilíbrio não é estático e a vida não é linear.

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