Medo de Agulhas
Aicmofobia (aiquimofobia) ou belonefobia são os nomes técnicos para o medo irracional ou excessivo de agulhas, alfinetes ou injeções, o que difere do medo comum, principalmente em crianças, por injeções ou vacinas, que gera respostas de ansiedade aguda em adultos que não necessariamente passaram por algum tipo de trauma com instrumentos pontiagudos ou perfurantes.
Sem pretender aprofundar sobre o tema das fobias propriamente ditas, mas pincelando alguns conceitos psicológicos, podemos apresentar uma explicação interessante sobre porque é positivo para portadores deste tipo de fobia a exposição às técnicas terapêuticas da acupuntura (do latim acus - agulha-; punctura - puncionar).
Uma das estratégias consagradas para o tratamento de fobias é a de dessensibilização sistemática progressiva, onde há uma exposição gradual e repetitiva do fóbico ao seu objeto de medo, dentro de um contexto acolhedor e preparado psicologicamente para tal.
Então, se ao invés de se utilizarem as agulhas de seringa, que são mais grossas e já estão fortemente vinculadas à ideia de dor, se utilizarem agulhas finíssimas como um fio de cabelo, dez vezes mais finas do que estas, e colocadas superficialmente, por profissionais treinados, em pontos que não geram, mas aliviam dor, com certeza, estaremos no caminho da cura deste distúrbio psicológico que pode atingir até 10% da população mundial.
Mas, se mesmo assim, o candidato a um tratamento pela medicina chinesa ainda resistir a ser perfurado pelas agulhas da acupuntura, existe um arsenal vasto e eficiente de outras técnicas não invasivas que podem auxiliá-lo. Temos por exemplo a moxabustão que se vale da queima de pequenas porções da erva artemísia seca e processada, emitindo uma irradiação infra-vermelha longa que atravessa a pele sem queimá-la, atingindo os acupontos e produzindo o efeito terapêutico desejado. Há ainda a possibilidade de se utilizarem nestes mesmos pontos magnetos (imãs) ou pastilhas com silício (Stiper - "Stimulation and Permanency" - Estimulação Permanente), feixes de laser, microcorrente elétrica, agulhas de contato que não perfuram e que atuam a partir das características dos metais das quais são feitas, Mubun, ventosas, Gua-Sha, ou, em último caso, os próprios dedos das mãos do acupunturista, realizando pressões (Do-in), massagens (Tui-na, Shiatsu) ou apenas contato energético.
De qualquer forma, vale a tentativa do uso das agulhas pela técnica japonesa de inserção superficial e portanto indolor, promovendo um tratamento completo, tanto dos desequilíbrios fisiológicos que o paciente possa apresentar, quanto dos psicológicos relacionados à fobia.
Acupuntura é sempre uma ótima opção, quando falamos de um profissional com conhecimento teórico aprofundado e experiência prática.